História do GED

FUNDAÇÃO

Com a vinda da Eletrosul do Rio de Janeiro para Florianópolis, no final de 1975, foi iniciado o processo de contratação através de concursos, para a complementação do quadro de funcionários da Empresa. Com um número já expressivo de empregados (em torno de 1.500), foram germinando grupos que, em torno de ideais, foram desenvolvendo atividades filantrópicas, culturais e artísticas (Clube Filatélico, Bloco Consulado do Samba, Coenergia, etc.).
Como plataforma para a eleição da Diretoria da ELASE, gestão 80/82, foram formados diversos grupos de trabalho, culminando com a criação da Diretoria Infanto-Juvenil — DIJUV. Uma das metas era a criação de um Grupo Escoteiro, sendo apresentado por João Carlos Garcia à Diretoria da ELASE um trabalho resumido sobre Escotismo, no seu item (2), OBJETIVO DO ESCOTISMO, que transcrevemos abaixo:

“O objetivo é desenvolver a boa cidadania nos rapazes pela formação do caráter.
Esse objetivo é alcançado educando os jovens no hábito da observação, da disciplina, obediência, da confiança em si e da iniciativa, desenvolvendo neles o espírito e a prática da reverência a Deus, do amor à Pátria, da lealdade e da generosidade para com todos; ensinando-lhes atividades manuais que lhes sejam pessoalmente úteis e a prestar serviços que sejam úteis ao próximo, promovendo-lhes o desenvolvimento de suas potencialidades físicas, mentais, sociais, morais e espirituais, visando o autodesenvolvimento integral da pessoa”.

Como importante colaborador em torno desse ideal, registramos o nome do Coronel Adalberto Villas Boas, então Diretor de Suprimentos da Eletrosul.
Uma das primeiras providências para atender às exigências legais junto à UEB, foi a de escolher um nome para o Grupo. Dentre os sugeridos: Carijós, Pantanal e Desterro, foi escolhido este último. Assim surgiu o GRUPO ESCOTEIRO DESTERRO, vinculado à Diretoria Infanto-Juvenil da Associação dos Empregados da Eletrosul — ELASE, sua patrocinadora.
João Carlos Garcia, mentor da criação do 52ºSC Grupo Escoteiro Desterro, trabalhava na época no Departamento de Engenharia da Eletrosul.

INÍCIO DAS ATIVIDADES

Iniciou suas atividades em julho de 1980, sendo abertas as ir através de cartazes espalhados pelas áreas da Eletrosul, tendo como sede uma pequena sala nas dependências da Elase.

cartaz

Primeiro cartaz do GED

Como primeiro passo, foram reunidas as pessoas que iriam compor a Chefia para passar um final de semana no Camping Escoteiro do Rio Vermelho, com o objetivo de adestramento, preparar a programação de reuniões e atividades para 1981, o que aconteceu nos dias 20 e 21/09/1980. Os membros desta reunião foram: Érico Neves, José Eduardo Schmitt da Luz, Ricardo Osni Scheidt, Leoni Berger, Adiei N.S. Pereira, Lourdes R. Scuziatto, Glória Solange Cruse, Paulo César Sedor, João Carlos Garcia, e Paulo Roberto Witoslawske.
Foi um início difícil, apesar da boa-vontade da Diretoria Infanto-Juvenil, na pessoa de seu Diretor Aldo Cosentino, em dar todo o apoio de que o GED necessitava no tocante ao local para a Sede, aquisição de material para as atividades, acampamentos, cursos para treinamento da Chefia, livros, etc.
As atividades eram realizadas no pátio da Sede, onde hoje estão instalados os anexos I, II e III e numa área em frente à Eletrosul.
Muitas pessoas foram responsáveis pela implantação do Grupo, mas gostaríamos de registrar aqui, algumas como: João Carlos Garcia (mentor da criação do GED), Érico Neves e Diretoria da Elase, que acreditaram neste projeto e por seu trabalho, sempre difícil como o é no início de um Grupo Escoteiro.
De acordo com o item 7.4 do POR (Princípio, Organização e Método), o Grupo terá como data oficial de sua fundação a realização da primeira solenidade de promessa, que no caso do Grupo Escoteiro Desterro aconteceu no dia 15 de Novembro de 1980.

SEDE

Como era formado basicamente por filhos de associados da ELASE, e tinha de compatibilizar as atividades esportivas dos pais com as dos filhos no Grupo, fazia-se necessário que a Sede fosse localizada próximo da Associação.
Uma residência desocupada, na Rua César Seara, próximo à Eletrosul, emprestada de 1982 a 1984, serviu como Sede. Mas com o argumento de que tal imóvel seria utilizado para a construção de um edifício, o GED foi obrigado a desocupá-lo.
Em 1985, as Diretorias da Comissão Executiva e da ELASE, sensibilizadas com o problema, não mediram esforços para concretizar o sonho da Sede própria. Finalmente, depois de muito trabalho em que muitas pessoas estiveram envolvidas, viu-se concretizado este sonho. Feita com eucaliptos pelo sistema de encaixe, construída numa área da Universidade Federal de SC — UFSC, em regime de comodato, foi inaugurada no final de 1985.
Aliou-se assim, a beleza da arquitetura rústica e a natureza da área, com muitas árvores e extenso gramado, propício para a prática escoteira, sendo considerada pelos demais Grupos, como uma das melhores Sedes de Grupo Escoteiro de Florianópolis.
Na sua fundação, o Grupo Escoteiro Desterro era formado por uma Alcateia de Lobinhos, compreendendo 2 Matilhas — Cinza e Marrom, e uma Tropa Escoteira com 2 Patrulhas — Morcego e Águia. Em 1981 já contava com a Alcateia II (Matilhas Preta e Branca) e, em 1984, quando muitos escoteiros já estavam com 15 anos, foi aberta a Tropa Sénior Cambirela com as Patrulhas Apiacá e Caeté.
O Grupo Desterro teve o privilégio de já na sua fundação contar com uma Alcateia, Leoni Berger, sendo a primeira mulher, em Santa Catarina a fazer o curso CAB (Curso de Adestramento Básico), no ramo Lobinho.

GRUPO DESTERRO — UFSC E COMUNIDADE

Com a construção da Sede ao lado do Planetário em regime de comodato com a UFSC, foi aberta a entrada de Lobinhos e Escoteiros do Colégio de Aplicação e da Comunidade, nas seguintes proporções: 50% para filhos de associados da ELASE, 30% para alunos do Colégio de Aplicação — UFSC e 20% para a comunidade.
Outra pessoa que prestou seu apoio ao GED, foi Júlio César Bravo, entrando em 1985 como assistente, época em que Irineu Oliveira chefiava a Tropa Escoteira. Mais tarde, assumindo a Chefia do Grupo, passando o Júlio à Chefia da Tropa, estando atualmente no Grupo Escoteiro do Mar Ilhas Guarás.
Com um movimento cíclico, com fases boas, onde tudo corre tranquilo e fases difíceis, como a de 1987, em que ouve um distanciamento do Grupo e a ELASE (entidade mantenedora), com os demais Grupos de Florianópolis, Distrito e com a Região.
Nova Comissão Executiva foi eleita, nova Chefia escolhida, e teve todo um trabalho de reestruturação. Muita coisa havia por se fazer. O critério de proporcionalidade de inscrições foi novamente colocado em prá¬tica: manutenção da Sede, treinamento da nova Chefia, organização da Cantina com a aquisição de material (distintivos, livros, etc.), aquisição de barracas, fogões, lampiões, cabos, etc.
Neste processo, apesar de não poder nominar todos os participantes dessa nova fase, tamanho o número de pessoas envolvidas, entretanto, até por questões de respeito, registramos o trabalho da Elizabeth Rocha, da Comissão Executiva, Luiz Henrique Verani, Presidente da CE: Moacir Ribeiro da Silva que assumia a função de Diretor-Administrativo Adjunto e depois Subchefe do Grupo: Edison Gonçalves, funcionário da CIDASC e Chefe da Tropa Escoteira, fazendo por sinal um belo trabalho; e, ao casal Fernando Soares de Souza Lima, Chefe do Grupo, e Winie, Diretora Social da CE — 1988/1990.

ALCATEIA E TROPA ESCOTEIRA

Mais um marco na vida do GED, foi a criação, em 1988, da Toca dos Lobos, local onde os Lobinhos ouvem as estórias sobre Mowgli e sua vida na Jângal, contadas pelo Akelá e Baloo. Este trabalho contou com a participação do Diretor-Administrativo da Comissão Executiva José Eduardo e do Akelá Nazareno e Assistentes.
As paredes receberam uma decoração em papel amassado e pintado com spray cinza imitando pedra, o teto, com plástico preto, simbolizando a noite, e nos cantos da sala os bichos empalhados, o Urso Baloo, a Cobra Kaa, e a Pantera Negra Bagheera.
Também foi criada a Roca do Conselho, local onde os Primos das Matilhas, junto ao Akelá fazem as reuniões sobre a Alcateia.
A tropa Escoteira foi batizada em 1989, tendo como patrono, São Jorge. Através de concurso, vencido pelo Escoteiro Rafael Olinto de Campos.

 

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